Sincopoese #004: O QUE RESTA DAS MARGENS PLÁCIDAS?

As margens plácidas do Ipiranga ouviram um forte brado retumbante

Um brado retumbante se fez ouvir, às margens do plácido riacho.

Ora, não mais grito de heroísmo, Ipiranga surdo incapaz de ouvir.

Às margens plácidas se fez história, ora, sem povo heroico.

As margens jazem engessadas por concreto armado.

Povo triste, androide, geme, não mais brada.

Já era ! Não mais se ouve retumbante brado.

Hoje povo fraco, pelo ventre avassalado.

Povo grita, chora, geme e dança.

Dança o que não quer dançar.

Povo o fraco, antropoide,

que mudo à margem,

Um povo esquálido,

ventre algemado...

jaz, sem rumo,

Geme, chora

tristes ais...

Ais e ais...

Ai, ai!

Ai!!!

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Dicas de como compor uma Sincopoese, veja na pasta de Teoria Literária deste autor.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 13/02/2015
Reeditado em 13/02/2015
Código do texto: T5135593
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