Perda
Perdi a mulher que eu amava.
e a cerveja perdeu o o gosto,
seco e amargo...
as noite perderam o sossego,
as madrugadas perderam o silêncio.
Perdi a sanidade,
se é que me restava alguma.
Perdi tudo que eu tinha.
enquanto ela dormia e acordava
sabe Deus onde.
Derrotado, me levanto
e mato uma barata
que tentava me roer o dedo.
levanto e me olho no espelho,
estilhaçado pela minha última crise de fúria.
me ergo da lama,
me ergo do meu colchão deformado
pelo peso da minha amargura
e da saudade
do corpo dela...
do cheiro de todas as mentiras
bem intencionadas que ela me contou.
Me arrasto pelo quarto,
pedindo que ela volte,
com todas as meias verdades
e as sensações que só ela me trazia.
com toda a vida
com toda aquela felicidade.