DOR de amor
Você já ouviu falar nessa tal "dor de amor"?
Bem, eu sim, desde criança, e pra falar a verdade, eu até achava a expressão bonita... até sentir, isso mesmo, sentir o que ela significava, aqui no meu miocárdio. Mas, espere caro leitor, a dor a qual eu me refiro não é aquela no sentido conotativo da palavra. É DOR, assim mesmo em maiúsculo pra doer mais ainda, daquelas que a gente sente quando toma um baita susto, ou passa um aperto daqueles de quem viu a avó pela greta, e fica com o coração doendo depois e tem que tomar aquela aguinha com açucar pra ver se passa. Enfim, DOR na carne, DOR física, DOR de falar "ai"... foi o que aconteceu comigo quando descobri que a pessoa a quem eu havia entregado o meu coração e aberto as portas da minha casa, do meu quarto e da minha vida, estava brincando de aventura em qualquer esquina por aí. Nesse momento, amigos, eu entendi o por que de chamarem o sofrimento de dor... é por que dói MESMO. E não dói só na hora não, dói por dias, ou até por meses. Fica aquele apertinho constante e abolutamente incômodo no coração, por cada segundo de cada hora das vinte e quatro horas do dia. E ele te percegue constantemente, tirando o gosto até pelas coisas mais irrecusáveis da vida, como comer, dormir e ouvir suas músicas preferidas.
Só sabe a dimenção dessa fossa, o pobre miserável que já passou por ela...
Leitor, esse texo não é sobre amor, traição e muito menos sobre superação, para isso eu poderia te indicar setenta e sete ótimos blogs que fazem um trabalho brilhantíssimo sobre esses temas. Esse texto eu escrevo, pra falar da desgraça que é a dor de amor, ou de fossa, chame como quiser, no momento eu prefiro chamar somente de dor no coração, coração partido, quebrado, mastigado, trucidado. Se eu soubesse que iria morrer hoje, pediria a alguém que doace todos os meus órgãos, mas que polpasse qualquer infeliz de receber esse coração surrado e mal usado. Elas por elas, melhor ficar com o que já está e evitar uma sirurgia inútil, do que viver todos os dias seguintes sentindo pontadas e apertos por um amor que não viveu, pela saudade que não sentiu e pelas lembranças nas quais não se afogou.
Essa é hora em que você começa a se cansar de tanta lamúria e pensa em parar por aqui, não é? E para prender a sua atençao por mais algumas linhas, eu começarei a variar um pouco, contando como foi que tudo começou...
Não...
Espere...
Acho que não posso mais...
Eu sabia que essa droga de dor ainda iria me matar