UM RELÓGIO MUITO FOLGADO... (LUXSONS) - XXXVII
UM RELÓGIO MUITO FOLGADO
LUXSONS – XXXVII
Cansada de perguntar,
de ligar o computador,
ligar a televisão
pra hora no informador,
comprei um relógio grande,
preguiçoso… Ai, que horror!
O relógio que se preza,
trabalha em qualquer lugar:
Pendurado na parede,
toca pro cuco cantar;
acorrentado à algibeira,
é preso sem reclamar...
Também o despertador
que adora a gente acordar…
Quando fui pra Onirópolis,
mui contente, passear…
o safado cantou cedo:
“É proibido cochilar!”... (cochilar, cochilar...)
Até os relógios de pulso
redondinhos ou quadrados
trabalham bem direitinho
e são sempre consultados.
Mas dependem de atenção,
para não serem roubados!
Porém o que comprei hoje,
é malandro até demais…
Só quer trabalhar deitado...
E pra despertar? Jamais!
Fiz dele um centro de mesa…
Dois trabalhos, então faz.
Mas o melhor dos relógios
que não quebra nem atrasa
e não escolhe o lugar
é a nossa estrela que abrasa,
que nos dá luz, energia
e a paisagem, então, ARRASA!
***
Maria de Jesus A. Carvalho
Fortaleza, 13/12/2014