De grão em grão [59]
“Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta
e alegramo-nos pouco pelo muito que temos”.
(Shakespeare)
Se a taça está pela metade, a vemos meio vazia e não meio cheia. Se tiramos nota 9,0, ficamos pensando no que erramos. Se já fizemos 99%, focamos no que ainda falta.
Por que será que é tão mais fácil sofrermos pelo que nos falta do que alegrarmo-nos pelo que já temos? Por que será que vemos mais os defeitos dos outros do que as qualidades? E quando uma qualidade de alguém nos incomoda, logo tratamos de vê-la como defeito?
Inquietação? Insatisfação? Ingratidão? Confusão.
Nossa vida é como a vemos. As pessoas nos são como as vemos. Tudo tem o valor que nós damos.
E é muito provável que valha a pena tentar, se exercitar para dar mais valor à parte boa. Desvantagem não haverá.
Então encontraremos o ânimo e a energia necessários para continuar lutando pelo que falta justamente valorizando o que já conseguimos.