ASSALTO

Ah, Senhor, guarda-me, zela
Balbucio na capela
Como forma de oração.

 
Deixo livre o pensamento
E aproveito o momento
Feliz tenho o coração.


Geralmente vou à igreja
Hábito meu, assim seja
Impulso de devoção.


Justo quando eu saía
Ladrão veio, que agonia
Me roubou sem um senão.


Nunca antes assaltada
Susto foi grande, moçada
Proteja-me meu guardião.


Quase não acreditei
Revoltada até gritei
Socorro, peguem o ladrão!


Tonta e meio perdida
Uns passos dei, aturdida
Vi que era tudo em vão.


Xô, não quero mais pensar
Zebra deu, vou enfrentar.



Uma criação de Norma Aparecida Silveira de Moraes
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