Amor antigo, espera no portão, coração  descompassado.
Beijar, nem pensar, só as escondidas, e nada demorado,
Conversava-se na sala sob vigília, o pai,  ali sentado.
 
Durante décadas,  o rigor familiar foi
imperioso.
Era escolhido pela família da moça, o futuro  esposo.
Falar sobre sexo, era proibido, tido como vergonhoso.
 
Gradativamente  os hábitos  foram
mudando,
Hoje, o romantismo está literalmente enterrado,
Inflamaram  o amor, sensatez é coisa do passado.
 
Justo por que  a educação  doméstica virou
liberalidade.
Lá pelos anos idos, as moças eram recatadas de verdade.
Meninas e meninos  não conheciam a atual  maldade.
 
Nem  as vestes despertavam  atenção, o homem era
prudente.
O namoro era romântico,  geralmente, sem agravante.
Pensar sair sozinha, jamais, mesmo adulta, filha era obediente.
 
Quando ousava  fugir o domínio dos
pais
Ranzinzas, o castigo era severo e sem ais!
Santas não eram, mas eram moças especiais.
 
Tagarelas, sim! Mas, com um linguajar
adequado.
Uma jovem não se insinuava para solteiro ou casado,
Vida recatada e  namoro sério era o preconizado.
 
Xeretar pela rua, era coisa de mulher
perdida.
Zuar com seus mestres, ah! Teria que ser punida!

 
 Agradeço a maravlhosa interção da poetisa Anna Lúcia
 Ficou lindo amiga!  


AMOR ANTIGO MUITO DECENTE...
BEIJO , ERA PRUDENTE...
CALMA , FICÁVAMOS CONTENTES...

DAR A MÃO NEM PENSAR...
ERA NOSSO JEITO DE AMAR...
FELIZ ,SEM SE DAR...

GOSTÁVAMOS DE CONHECER...
HONRA, ERA COISA SÉRIA,O QUERER...
ÍAMOS DEVAGAR SÓ PRA VER...

JOGO DE MISTÉRIOS...
LER NOS OLHOS TODOS SÉRIOS...
MÁGICOS ERAM ,MONASTÉRIOS...

NADA DE PASSAR DA MEDIDA...
O GOSTOSO FLERTAR, PROTEGIDA...
PELOS PARENTES ÉRAMOS QUERIDAS...

QUANDO A SÓS, FICAR LONGE...
ROÇAR DE MÃOS, É ONDE...
SENTINDO QUEIMAR O ROSTO,ESCONDE...

TRAZÍAMOS TODO O RECATO...
UNIDOS NESTE RETRATO...
VIVÍAMOS NO MUNDO PACATO...

XERETAR SÓ O QUE VALIA...
ZERANDO O SOFRER, A COVARDIA.