PROSOPOPEIA II


Coxinha de galinha fui fritar... Ô tolinha!...
Advinha o que aconteceu e depois me espezinha...
 
Jurado eu tinha: frituras nunca mais... Meu malgrado...
Pecado foi a jura ou o desejo me tentado?
 
Quente o óleo e eu ali toda crente...
Simplesmente joguei elas lá... Ô menina demente...
 
Congeladas estavam elas, as coxinhas... Coitadas!
Danadas acordaram. E uma delas ficou pirada.
 
Demorou nada... Nervosa, no meio rachou...
Pulou pra cima e o pior foi o óleo que espirrou.
 
Assustei, pois dessa nem eu me safei.
Extrapolei, reconheço... Perto demais cheguei.
 
Atingida em cheio fui... Fiquei tão sentida!
Esquecida da jura, veja como fiquei, ô vida!
 
Agora o rosto vermelho ai está senhora,
Embora não tenha sido tão grave e melhora...
 
Promessa é dívida, entende agora? Escuta essa...
Não interessa? Pois sim, mas não me estressa...
 
Reconhecer o erro foi pior, não a dor padecer.
Fazer o quê? Pagar o erro e nunca mais esquecer...
 




( Esta é uma história verídica  que me aconteceu sábado à noite quando para atender a um  pedido de meus esposo quebrei uma promessa de não fazer mais frituras rsrsrs- ainda bem que não foi grave, mas estou com uma bolha no rosto- nada sério- Logo se vê que na cozinha eu sou um arraso)


( Prosopopeia é um gênero criado pelo querido amigo Trovador das Alterosas- descobri que é maravilhoso fazer. Gente façam a sua, vão adorar. O desafio maior é encontrar as rimas) 


( A imagem é do google mesmo)