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“PROSOPOPEIA X V”
Parada estava ela, nua na calçada.
Molhada e bela a cabeleira eriçada.
Tensão de uma louca, ou alienação,
Aversão de roupa, ou apenas tesão?
Voaram zangões, e do mel provaram,
Devoraram torrões de doce melaram.
Destreza e garra ferem com aspereza,
Defesa da farra quando urra a tigresa.
Mordida e unha, uma batalha renhida,
Perdida supunha a sua força vencida.
Adentra urrando o tigre se apresenta,
Alenta mudando a luta que esquenta.
Corre à bruta, do herói que a socorre.
Morre a luta, tigre se acalma e sorri.
Beleza dela atrai, inquiri com nobreza,
Lindeza donzela, porque nua princesa?
Primeiro agradece ao gentil cavalheiro,
Altaneiro oferece, seu casaco ligeiro.
Corando-se ela diz, estava me lavando,
Quando a cobra grande lá foi entrando.
Corri como estava de susto quase morri,
Desci as escadas gritando e ajuda pedi.
Porém não havia pra socorrer, ninguém,
Alguém grita, eles atacam com desdém.
Mordendo e arranhado fui defendendo
Vendo-o e ajudando saímos vencendo.
Manobra o destino. Sobe e tira a cobra.
Desdobra o tino, amor e carinho sobra.
Surpresa, ele mostra toda sua grandeza,
Certeza, nunca mais deixou a princesa.