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         “PROSOPOPEIA X V”





Parada estava ela, nua na calçada.
Molhada e bela a cabeleira eriçada.

Tensão de uma louca, ou alienação,
Aversão de roupa, ou apenas tesão?

Voaram zangões, e do mel provaram,
Devoraram torrões de doce melaram.

Destreza e garra ferem com aspereza,
Defesa da farra quando urra a tigresa.

Mordida e unha, uma batalha renhida,
Perdida supunha a sua força vencida.

Adentra urrando o tigre se apresenta,
Alenta mudando a luta que esquenta.

Corre à bruta, do herói que a socorre.
Morre a luta, tigre se acalma e sorri.

Beleza dela atrai, inquiri com nobreza,
Lindeza donzela, porque nua princesa?

Primeiro agradece ao gentil cavalheiro,
Altaneiro oferece, seu casaco ligeiro.

Corando-se ela diz, estava me lavando,
Quando a cobra grande lá foi entrando.

Corri como estava de susto quase morri,
Desci as escadas gritando e ajuda pedi.

Porém não havia pra socorrer, ninguém,
Alguém grita, eles atacam com desdém.

Mordendo e arranhado fui defendendo
Vendo-o e ajudando saímos vencendo.

Manobra o destino. Sobe e tira a cobra.
Desdobra o tino, amor e carinho sobra.

Surpresa, ele mostra toda sua grandeza,
Certeza, nunca mais deixou a princesa.









 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 26/09/2014
Reeditado em 28/09/2014
Código do texto: T4977631
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