De grão em grão [53]
Olha eu de novo classificando os amigos. Mas percebi que no nosso dia a dia, especificamente no trabalho, existem os “amigos de verdade” e os “amigos profissionais”.
O trabalho é o local onde a gente passa a maior parte do nosso dia. Isso, considerando quem trabalha as costumeiras oito horas diárias. Tem gente que trabalha mais, ou que fica mais no serviço, ou ainda que por trabalhar em casa, mistura tudo.
Pois então. Neste lugar onde passamos boa parte da nossa vida, somos obrigados a conviver com gente chata (as “pessoas ridículas” que já falei) e gente legal. E vamos fazendo amigos...
A gente pode até se iludir achando que a convivência, as risadas, os favores casuais construam uma “amizade verdadeira”. Mas não. Amizade se constrói com sentimento. E as ações nem sempre refletem o verdadeiro sentimento. Com frequência, os comportamentos decorrem mais da conveniência do que da sinceridade.
Ingenuidade nossa achar que ao passar muito tempo sem ver um “amigo do trabalho”, quando o reencontrarmos, a receptividade será a mesma. Elementar, meu caro Watson, as circunstâncias (para não dizer conveniências) mudam. Tudo muda. Menos o sentimento que não era de amizade verdadeira. Se fosse, isso não teria mudado!
Porque existem sim os “amigos de verdade” no trabalho! As amizades verdadeiras podem surgir em qualquer lugar, a qualquer hora... e durarão. Esta é a medida para saber se a amizade é verdadeira: se contexto mudar e a amizade mudar junto, não era tão verdadeira assim. Agora se o tempo passar, a distância mudar e a frequência de contato reduzir, mas quando houver o encontro, parecer que o sentimento continua igual, então de fato é uma amizade.
Os “amigos de verdade” é que são amigos. Os “amigos profissionais” são colegas de trabalho.