MEU IPÊ AMARELO - (LUXSONS) - XIV
MEU IPÊ AMARELO
(LUXSONS) – XIV)
Faz algum tempo… Bom tempo!
Cultivei um pé de Ipê
bem em frente a minha casa.
Dava gosto a gente ver
Sombra rasa… Que beleza!
Na querida Massapê.
Todo dia, de manhã,
cantava minha canção
e belas flores colhia.
Parecia ouro no chão…
Chovia flores… Que graça
aqui, no meu coração!
Aquelas flores singelas
que brilhavam à luz do dia,
iluminavam-me a vida
devolvendo-me alegria.
Ficar pertinho dali,
era tudo o que eu queria.
Existem cores variadas,
sendo todas muito belas,
brancas, róseas e lilás,
uma tela de aquarelas.
Mas as mais lindas de todas
são as flores amarelas.
Conheci-o com outro nome.
Lá, de Ipê ninguém o chama.
A flor singela e dourada,
se alguém sabe, não reclama…
Com carinho, batizaram
de pé de “Dedal de Dama”.
Sempre que dele recordo,
sinto u’a lágrima rolar…
Saudade da minha casa
e das noites de luar;
de meu canto à sua sombra
onde eu ia me abrigar.
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Maria de Jesus A. Carvalho
Fortaleza, 28/08/2014.