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SEIO SILICONADO
 


Nem tão parco nem tão farto:
peito bom vem natural.
E com e n s e a d a à mostra,
onde o meu olho, normal,
possa deslizar tranquilo,
como um barco no canal.
 

Um seio siliconado
passa vexame ao olhar;
a gente o vê muito grande,
pensa assim: vai papocar.
Então é melhor, na dúvida,
ao tal nem manipular.
 

Mulher que pensa correto
não põe silicone ao seio.
Quando vemos um maçudo,
aquilo nos dá receio,
e já sei que não lhe arrisco
fazer nenhum manuseio.
 

Fosse mulher não usava
silicone, em minha vida;
até nem sendo peituda,
ou mesmo fosse batida,
como tábua de engomar,
então mesa bem polida.
 

Seio de invenção não presta,
sou mais pelo de nascença;
pequeno ou de bom tamanho,
natural é que compensa.
Cabe na mão e no olho,
não há postiço que o vença.
 

Modismo besta da mídia,
e aí vem a Medicina,
à indústria também se alia.
Quem tem teta pequenina,
vira joguete das três,
e haja cera na menina!

 

Fort., 18/08/2014.

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(*) LUXSONS:  É um recém-estilo de época que a poetisa MARIA DE JESUS CARVALHO nos propõe (vide na página da escritora as orientações). Sucesso em sua propositura, cara conterrânea, meu abraço, GS. 

 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 18/08/2014
Reeditado em 13/09/2015
Código do texto: T4927245
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