Saudade (Albus Quercus)
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Sei que a vida finda...
Há felicidade.
Jorram alegrias.
Depois há saudade.
Mas sonhos não morrem.
Sangram de verdade.
O homem que foi
não existe mais.
Partiu, não tem volta.
Está lá com o Pai.
Ficaram vazios...
Navios no cais.
Todos os meus planos,
sonhos de bom filho,
pararam no tempo.
Quem puxa o gatilho?
Viver é esplêndido:
caminhar nos trilhos.
São muitas penúrias.
Buscas e temores.
Medos e aflições.
Virgem mãe Dasdores,
por que sofrer tanto?
E sofrer de amores.
Ciclos renitentes.
Migrar entre extremos.
Amar, desamar...
Somos tão pequenos.
Mate o secundário!
Por ele vivemos?
Se falta o essencial,
sem ele morremos...
Como somos tolos!
Se nisso nós cremos,
mate nosso medo.
Por que nós tememos?
Crato-CE, 11 de agosto de 2014.
11h18min
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