Saudade (Albus Quercus)

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Sei que a vida finda...

Há felicidade.

Jorram alegrias.

Depois há saudade.

Mas sonhos não morrem.

Sangram de verdade.

O homem que foi

não existe mais.

Partiu, não tem volta.

Está lá com o Pai.

Ficaram vazios...

Navios no cais.

Todos os meus planos,

sonhos de bom filho,

pararam no tempo.

Quem puxa o gatilho?

Viver é esplêndido:

caminhar nos trilhos.

São muitas penúrias.

Buscas e temores.

Medos e aflições.

Virgem mãe Dasdores,

por que sofrer tanto?

E sofrer de amores.

Ciclos renitentes.

Migrar entre extremos.

Amar, desamar...

Somos tão pequenos.

Mate o secundário!

Por ele vivemos?

Se falta o essencial,

sem ele morremos...

Como somos tolos!

Se nisso nós cremos,

mate nosso medo.

Por que nós tememos?

Crato-CE, 11 de agosto de 2014.

11h18min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 11/08/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4918187
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