ODE A "ALBUS - QUERCUS" _ - "LUXSONS" VIII
ODE A “ALBUS QUERCUS" (O CARVALHO BRANCO)
LUXSONS -VIII
Filho da Arábia, de um povo judeu,
fincas raízes neste solo ardente
e desde então tua copa densa e ampla
serve de abrigo por ser resistente.
Em terras várias, floresces por ter
a forma airosa, farta e eminente.
Honrando as cores que te fazem belo,
diversos nomes recebeste então.
Pendentes frutos te enobrecem o gene,
sendo querido pelo que eles são.
És o tesouro, és a beleza, és Vida
e eu te saúdo, com veneração!
Tens no teu ser a solidão dos tempos,
onde os milênios te viram crescer.
A tua história de resiliência,
remonta às mais antigas de viver,
enfrenta os tempos, reações climáticas…
A proteção dos céus vais, sempre, ter.
Este teu porte altivo, monumento
que desafia os ventos nas alturas,
leva nas fibras orgulho e respeito
que a ti devotam todas as criaturas.
Foste querido dos antepassados,
serás também, das gerações futuras.
Ó Albus-Quercus! Foste abençoado
desde a raiz ao topo da folhagem,
fazendo o bem, dando guarida e pão
a quem precisa de tua hospedagem.
Ah! Como o mundo seria outro mundo,
se bem vestisse esta santa roupagem!
Eu te bendigo e abraço, ó Albus-Quercus!
Por ter vivido à sombra de teu galho,
pelo Albuquerque que em meus filhos vibra
no mais perfeito amor e agasalho.
Eu te agradeço, ó árvore sagrada,
de onde meu pai herdou o meu Carvalho!
***
Maria de Jesus A. Carvalho
Fortaleza, 06/08/2014