FARFALLA
São tolices, eu sei.
Assunto batido,
comida requentada.
Nada há de novo por aqui.
É tolice dizer das aflições,
é tolice dizer das cores na face e dos arrepios.
É muita tolice dizer dos sussurros ao ouvido,
do olhar indiscreto e prolongado.
O que são os tremores da espera,
a respiração aos solavancos senão...
tolices?
O que diriam os grandes intelectuais e filósofos da humanidade
sobre os diálogos intermináveis dos olhos nos olhos?
"_Que rol de...tolices!"
É tolice o sorriso que escapa,
é tolice o devaneio constante,
é tolice a fala embargada.
Será uma patologia desconhecida ou distúrbio hormonal
o bater de mil frágeis asas no ventre?
Não.
A medicina moderna julga,
utilizando-se de linguagem vulgar
para entendimento do público leigo,
serem as mais absurdas tolices e
receitam placebo para o desaparecimento dos sintomas.
O viço da pele,
o brilho da aura,
a quietude confessional
são tolices, eu sei.
Neste tolo jogo
não há vencedor ou vencido,
apenas:
TRAPACEIROS!!!