SOLFEJO
São em sete.
Servas da estação.
Surgem serenas em sol:
estas árvores do meu quintal.
Conheci seu lado improvável,
aquele "difamável",
sorrateiro e ardiloso.
Enegrece o olhar de quem repara
pois, despidas do verde que as ampara,
feito garras cuspidas do solo,
seguram bolas coloridas,
pipas destruídas,
a camiseta do ídolo..
Prazer frívolo!
Vampiras disfarçadas!
Mas são servas..
E, na próxima estação,
a natureza há de devolver
aquela alma pura,
a poesia cheia de doçura
feita à sua sombra fresca.
Que assim seja.
AMÉM!