De grão em grão [18]

“Minha inspiração literária

é tal como a respiratória:

se acabar, morrerei asfixiado.”

(Hélio Fuchigami)

Escrever é para mim um exercício saudável e inevitável. Não me contenho mais. Não consigo silenciar as palavras que brotam espontaneamente dentro de mim e bradam em busca da liberdade.

Falo escrevendo e ouço refletindo. Porque o papel é meu amigo. Ele me ouve o quanto eu quiser falar. Não me interrompe, não discorda, não teima, não me julga. E posso ouvir a sua voz: as conclusões a que eu próprio chego.

Preciso escrever. Escrever com frequência. É preciso treinar. Tudo aquilo que a gente não usa atrofia. Não posso deixar a minha habilidade de escrever atrofiar. Como aprendi, não importa se os outros estão observando ou não, a gente precisa continuar se esforçando. A mesma coisa vale para a escrita. Não importa se as pessoas vão ler ou não, é preciso continuar escrevendo.

Escrever é um registro, são memórias, é uma forma de raciocinar, refletir, ponderar. Escrevendo, eu já concluí muitas coisas importantes. Por isso, preciso continuar escrevendo com frequência. Mesmo que sejam bobeiras, coisas sem importância ou simplesmente registrar o dia a dia. E nesse exercício, livre e despreocupado, acabarão surgindo coisas que prestem.

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 21/07/2014
Código do texto: T4890342
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.