Mover do tempo
Me coube uma breve lembrança,
mais que isso, um quase sonho.
Memórias tão doces, de criança,
movem os versos que componho.
Medo de crescer, de se arriscar.
Melhor ter tua bela companhia
Muito tempo para rir, correr, brincar.
Meu reino infindo de fantasia.
Mostras o mais belo caminho
Mergulho contigo na escuridão
Minha alma se aquieta, ao teu carinho,
mar de confiança, rios de mansidão...
Mas o tempo veio, e não parou.
Mistério só de quem cresce
Marcas que ficam do que passou
Mundo da infância adormece...
Mesmo assim nunca esquecer
Mudar sem perder a graça
Maturar, mas sem envelhecer,
mover-se ao som que nos enlaça...
Estilo criado por Fernanda Xerez
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