POEMA AO FIM DA TARDE!
não há luz no fim da trilha
tudo é tristonho e soturno
nenhum espanto fervilha
não resplandece nem brilha
na sola da sapatilha
ou no cadarço do coturno!

quanto maior a altura
maior também é o tombo
macaco que muito pula
não presta atenção na bula
vai levar chumbo no lombo!

não tenho nada com isso
e muito pelo contrário,
não vou me banhar na fonte,
e se alguém souber, me conte
se alguma coisa se esconde
no tema do compromisso,
no ponteiro do horário,
e se há água sob a ponte!

se o verso não lhe agrada,
eu não posso fazer nada,
granada e campo minado 
se alinham na explosão,
quando o sentimento explode
pode ser que lhe incomode,
um poema ao fim da tarde
sem motivo e sem razão!
AC de Paula
poeta e compositor


 
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 11/07/2014
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