De grão em grão [9]
Tudo bem que todos temos nossas raízes e não podemos renegá-las, muito menos abandoná-las. Visíveis ou não, inevitavelmente estarão sempre presentes nas profundezas da nossa vida. Queiramos ou não.
Mas a despeito disso, podemos sim nos apoiar no caule que viemos construindo desde que éramos brotos. Viemos alimentando-o e ele tem tomado forma a cada tempestade suportada. É desse tronco que surgirão galhos, folhas e também os frutos.
A árvore da nossa vida depende muito mais dos nutrientes e fertilizantes que lhe damos, do que do solo onde nasceu. A sua força e resistência surgem das intempéries ultrapassadas e se evidenciam muito mais pelas condições adversas do que pelas confortáveis.
E o seu rumo, sua altura e a direção do seu crescimento variam conforme o seu objetivo, seu alvo, até onde quer chegar. Tal como os girassóis, cujas flores vão mirando o sol que se levanta a cada dia e girando no céu.