Minha "prisão de verbo"
Eu quis escrever uma carta,
para a mulher mais difícil do mundo.
ou talvez ela seja simplesmente a mulher mais difícil
pela qual eu já tenha me apaixonado.
Eu quis uma carta profunda e intensa,
como as que eu tinha o costume de escrever,
para mulheres que não significaram nem um décimo do que ela agora significa para mim.
Mas falhei. Falhei miseravelmente.
Nada com essa mulher é fácil...
e as vezes tudo parece beirar o impossível.
Eu nunca consegui expressar meus sentimentos para ela
com a precisão desejada
e as vezes chego a me sentir como um garoto de quinta série,
apaixonado pela professora.
A impotência verbal que ela me causa contrasta com o desejo
e com a carne,
espalhando confusão em minha cabeça.
Estou doente... eu sinto.
Com uma terrível 'prisão de verbo'.