ó vida
ajudei
a velhinha
atravessar
a avenida
a deixei
lá sozinha
continuar
sua ida
e andei
como caminha
alguém a estar
pagando a dívida
escutei
adivinha
buzinar, freiar
batida
olhei
a senhorinha
deitar
falecida
errei?
culpa tinha?
comecei a imaginar
mente envolvida
uma cena, atuei
raciocínio, uma linha
vontade, ajudar
ação, concluída
hei
nesta cabecinha
de encontrar
uma saída
voei
como andorinha
ao migrar
convencida
mas errei?
que culpa tinha?
quis matar
a vovó querida?
nunca saberei
nesta historinha
equilibrar
esta medida
me privarei
desta rinha
onde lutar
só faz ferida
só sei
maior dor minha
é pensar
ó vida