O cortiço II _ 04
A casa era um corredor sem janelas.
O sol não encontrava fresta naquela escuridão.
Havia um lume de esperança na solidão.
Eram três corações entrelaçados pelo amor.
A mãe ingeria açúcar como refeição.
Temia a fome oculta dos filhos e repartia o pão.
Na sua alma dois anjos entranhados, sonhavam.
O sol não encontrava fresta naquela escuridão.
Havia um lume de esperança na solidão.
Vidas vividas abriram suas janelas para o mundo.
Ficou a reminiscência guardada numa voragem profunda.
Estilo criado pela poetisa RosaAmbience
É triste morar n'cortiço.
Não se vê nem um ato nobre,
Ninguém divide pão com pobre.
É triste passar doença e fome.
Vendo o filhinho anjo sofrer,
Esperando um santo interceder.
Mas, existe luz, uma esperança.
Quem sabe salve os filhos seus,
E mesmo no escuro, invoca Deus.
Quanta emoção! Desceram minhas lágrimas!
Querido poeta, obrigada de coração.
Poeta Trovador das Alterosas.