O cortiço II _ 04

A casa era um corredor sem janelas.

O sol não encontrava fresta naquela escuridão.

Havia um lume de esperança na solidão.

Eram três corações entrelaçados pelo amor.

A mãe ingeria açúcar como refeição.

Temia a fome oculta dos filhos e repartia o pão.

Na sua alma dois anjos entranhados, sonhavam.

O sol não encontrava fresta naquela escuridão.

Havia um lume de esperança na solidão.

Vidas vividas abriram suas janelas para o mundo.

Ficou a reminiscência guardada numa voragem profunda.

Estilo criado pela poetisa RosaAmbience

É triste morar n'cortiço.

Não se vê nem um ato nobre,

Ninguém divide pão com pobre.

É triste passar doença e fome.

Vendo o filhinho anjo sofrer,

Esperando um santo interceder.

Mas, existe luz, uma esperança.

Quem sabe salve os filhos seus,

E mesmo no escuro, invoca Deus.

Quanta emoção! Desceram minhas lágrimas!

Querido poeta, obrigada de coração.

Poeta Trovador das Alterosas.

magda crovador e Trovador das Alterosas
Enviado por magda crovador em 01/06/2014
Reeditado em 04/05/2017
Código do texto: T4828438
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