salve-se quem puder
sol da noite acompanhando as caminhadas curtas,
a velocidade não quer diminuir a intensidade do instante,
vamos rodar por aí, atrás de diversão,
curta, seca e enrolada num saco
salve-se quem puder, o mundo esta desmoronando,
e você? esperando o tempo passar? diminuindo sim, constantemente o seu tempo.
pare de fingir e assuma logo quem és, solitário e imundo.
salve-se quem puder, o último messias se foi, faça você seu próprio poema.
não canse de olhar meus olhos, cada vez menos curiosos,
impacientes talvez, melancólicos e imediatos, sempre.
ontem lembrei de minha amiga que fugiu pra outro oceano,
e a saudade me fez homem sensível de novo, este poema é pra ti
quem sabe posso guardar os sentimentos aqui, debaixo deste travesseiro fedido e rasgado.
quem sabe? quem está aqui agora pra decidir a merda toda,
eu vou guardar meus sentimentos ali, na lata de lixo ao lado da cama
saudade, saudade, segure a verdade nos dedos gelados,
mostre seus dentes, refaça amigos, saudade de verdade,
salve-se quem puder, a foice da saudade veio buscar seu melhor amigo,
salve-se agora e se puder salve-me também!