SONETO ESTRAMBÓTICO
A BERNARDO
Caecus Iustitiam
(Justiça Cega)
Às cegas, tateio a minha esperança...
Ah! Dor cruel, consomes em turbilhão
De mim as: justiça e erma confiança;
Estraçalhadas por tua presunção.
Clamei níveo por ti da escuridão,
Com vozes de súplicas, passarinho!
Leve-me em teus voos bem ao coração
Da paz! Em vez de deixar-me sozinho.
As capas omissas dos meus heróis,
Agasalham lápide fria e injusta,
Que roubou meus sonhos de girassóis...
Que por vera luz d’amor almejavam
Nos bosques das primaveras da vida,
Ofuscados por vozes que cantavam:
Eis, jaz, Bernardo, estrela mui sofrida.
A BERNARDO
Caecus Iustitiam
(Justiça Cega)
Às cegas, tateio a minha esperança...
Ah! Dor cruel, consomes em turbilhão
De mim as: justiça e erma confiança;
Estraçalhadas por tua presunção.
Clamei níveo por ti da escuridão,
Com vozes de súplicas, passarinho!
Leve-me em teus voos bem ao coração
Da paz! Em vez de deixar-me sozinho.
As capas omissas dos meus heróis,
Agasalham lápide fria e injusta,
Que roubou meus sonhos de girassóis...
Que por vera luz d’amor almejavam
Nos bosques das primaveras da vida,
Ofuscados por vozes que cantavam:
Eis, jaz, Bernardo, estrela mui sofrida.