Belas Duas - Capítulo dois: Sobre tudo

Minha casa era pequena, enfeitada por flores e quadros antigos, eu morava com meus pais... Amavam-me apesar de tudo. Assim como a casa, meu quarto era pequeno e recheado de cores claras e desenhos oblíquos.

Darei prioridade à história e as situações que nela me ocorreram; quanto a mim? Desenvolvo-me ao longo dos fatos, apenas mais um ser humano. Não os omitirei minha fascinação por aquelas, meu encanto e... Por que não minha paixão?

As tardes costumava sair para observar o crepúsculo, que, quase sempre me concedia inspiração para escrever. Em uma destas tardes, não me recordo o dia, ouvi aquele mesmo som daquela mesma risada histérica daquela noite. Aproximei-me, mas não encontrava de onde vinha o som; tropecei em um galho que fez um som árduo e intrigante, um segundo depois ouvi passos e a risada cessou, foi quando me dei conta de que já havia escurecido e uma estranha neblina tomava conta do ambiente. Virei-me tomando de volta a direção de casa e tentei encerrar aquela noite o mais rápido possível.

Ao acordar na manhã seguinte, tentei me convencer de que o ocorrido na noite passada fora apenas minha imaginação. Nunca acreditei em fantasmas, ou melhor, sempre tive medo de acreditar.

Tais Braga
Enviado por Tais Braga em 07/03/2014
Código do texto: T4718800
Classificação de conteúdo: seguro