TECELÃO DE MIM

Engenho de Minh' alma
Em lápide proclítica de Eros
Eis-me! Velo o ardor poético
Das canções de mim
O cântico lírico de harpas etéreas
A sons oníricos
Provocando os versos soníferos
Na epiderme de Lis

Já refulge, rubro, a aurora
Inebriando o coração veleiro
Guia tonta a andorinha
Ao ventrículo de meu peito
Lá no âmago intangível
Impulsiona ébrios pensamentos
Quem versará do amor escondido
Entre os Lírios altaneiros

Minha voz um canto Thánatos
Em meus invernos emocionais
Ecoa a prantos incontidos
Meu louvor de perdição
Geme das lembranças revividas
Pupilos girassóis outonais

Poesias da minha saudade
Ao bojo trovador-mor
Entoa da dor antiga
Nesses versos delinquentes
Tecelão de minha agonia
A teias de um sonho ausente








 
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 19/02/2014
Reeditado em 25/06/2014
Código do texto: T4698203
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