Criação literária da poetisa Fernanda Xerez
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Quem sou eu? Muito gostaria de saber...
Quando escrevo, sou página e poesia.
Quando me foge a inspiração, quero esquecer
Quem ousou roubar minhas alegorias?
Quase impalpável, me torno.
Questiono com meu ego,
Queixo-me do maldito suborno
Que me causa desassossego.
Qual pintor borra as tintas da minha imaginação?
Qual química é capaz de transformar
Quadro colorido em tela branca com uma simples demão?
Quotidiano transpirado, versos mortos a sepultar!
Quem sou eu, que de tão transmutada,
Quase nem me reconheço envolta nessa teia?
Quisera ouvir o sopro dos ventos da madrugada.
Quase dia, eu amanheço com essa prosopopeia!