FRAGMENTO CARTA PERO VAZ DE CAMINHA

           "Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças; e ao sol posto, obra de seis léguas da terra, surgimos âncoras, em dezenove braças -- ancoragem limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E à quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, treze, doze, dez e nove braças, até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas pouco mais ou menos."
             Anlisar carta é fácil
             Se fosse da nossa época
             Achar vinte e cinco braças
             Na grande São Paulo é desafio
             O entardecer com ônibus cheio de chamas
             A ancoragem seria com bala...
            A légua da terra da favela
             Ainda precisa ser medida
             A boca de um rio sujo,
             A âncora quebraria
  
 



 

zemary
Enviado por zemary em 30/01/2014
Código do texto: T4671000
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