"Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças; e ao sol posto, obra de seis léguas da terra, surgimos âncoras, em dezenove braças -- ancoragem limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E à quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, treze, doze, dez e nove braças, até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas pouco mais ou menos."
Anlisar carta é fácil
Se fosse da nossa época
Achar vinte e cinco braças
Na grande São Paulo é desafio
O entardecer com ônibus cheio de chamas
A ancoragem seria com bala...
A légua da terra da favela
Ainda precisa ser medida
A boca de um rio sujo,
A âncora quebraria
FRAGMENTO CARTA PERO VAZ DE CAMINHA