Tudo que Restou
Corremos contra o vento oriental.
Colhemos a palha no vendaval...
Na boca o amargo gosto do veneno
De uma vida sem momentos serenos.
Deixamos para trás a Terra prometida
Deixamos tudo se perder na vida...
E agora tudo o que restou
Somos você e eu.
E agora o que o coração suportou
Não é o que o destino prometeu.
Quantos frutos proibidos há no mundo?
Quantos grandes edifícios do absurdo?
Há tantas vozes que voam no vento.
Dá pra se confundir a qualquer momento...
Vivemos num mundo construído na areia.
Alicerce já ruído pelos pecados nas veias.
Vem o vendaval e a chuva e o temporal...
Vidas se separam sem final.
Há dias em que falamos sem pensar.
Logo o destino a nos ensinar...
A felicidade é breve e alegre cena.
Ser feliz está nas coisas pequenas.
(Poesia baseada na Literatura Sensorial, já comentada na página de Teoria Literária).