Extrato Pó Ético #097: SEM MARGENS, SEM LIMITES

SEM MARGENS, SEM LIMITES

Extrato Pó Ético #097

Um olho-d'água assim discreto,

Tênue, singelo, domável,

Nascendo puro, saudável,

Busca fluir, leito reto,

Chegar ao mar, seu decreto.

Vivo rio, em vida envida.

Não limita ou delimita.

Sem ter margens, desce,

Seu leito corre, percorre

Gera vida, e irriga

Seca foge, instiga.

E ao redor enverdece.

A troco, o progresso

Chega em profusão

Contrário ao pregresso,

aduz poluição.

Infeliz ingresso.

Fatal morte compulsória!

Paga-se crédito o sujo

A quem não polui. Que falso!

Faz da vida cadafalso,

Mata peixe, caramujo.

Que sustentável ilusório!

Pagam-se, poluem. Concluem...

Preservação, ponto-falso.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 11/12/2013
Código do texto: T4607401
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