Ou não...
Me pego novamente em busca de explicações para o inexplicável.
Sempre retorno a esse ponto de uma forma ou de outra, por mais que eu não queira.
Por mais que eu tente evitar.
Ou eu volto, ou você me faz voltar.
Qualquer pensamento em você me arrasta para esta situação.
Qualquer mensagem no meio do dia ou de madrugada.
Qualquer musica que ouvimos juntos e toca no rádio,
ou a lembrança de uma risada que você deu com aquele seu jeito tão particular de rir.
Volto aos tropeços para aquela estrada que não levará a lugar nenhum
Eu sinto. Eu sei.
Você veio, você se foi. Tirou meu riso, tirou minha paz.
Paz que eu pareci reencontrar com o fim próximo dessa jornada em que me meti há 3 anos e pouco.
Paro para remoer essa historia indigerível toda noite.
Subo até a varanda e olho para o céu dessa cidade que não consigo chamar de casa.
Procuro você, mesmo sabendo que nunca vou encontrar.
Frequentemente adormeço por lá mesmo, só para acordar com alguns pingos de chuva ou com o frio do meio da noite.
É sempre assim. Quase uma rotina.
Meu estômago se revira sempre que me lembro daquelas últimas palavras.
Aquele “Pelo menos” que você me ofereceu e que eu não pude aceitar.
Nunca fui um cara de “pelo menos”.
Me perdoe por isso minha querida.
Me perdoe pelas palavras duras.
ou não.
“I don't put a smile upon your face no more
I can't make your heart shine like it did before
You don't listen to my stories anymore
You can't comfort me the way you did before”