Dança das Máscaras
Nesse mundo de aparências pérfidas
me desencontro em meio a tantas máscaras
e pergunto-me sobre a legitimidade do ser.
As máscaras desfilam ilustres e imponentes pelas suas mentiras
patinando na imensidão do vazio, no obscuro do ser
acreditando na existência do personagem criado, esquecendo-se da própria identidade
A cada momento, surge um nova faceta
dotada de alma escura e gestos dúbios
materializando-se em sorrisos largos de despeito e abraços adoecidos de inveja.
Enquanto isso, dançamos a dança do ser e não ser
em um ritmo descompassado, quase que sufocante
esperando que um dia tudo se mostre verdadeiramente.
Ai de nós!