Extrato Pó Ético #035: ANDARILHOS DO INFINITO - Dueto com Maria de Jesus Carvalho

ANDARILHOS DO INFINITO

Extrato Pó Ético #035:

Vago em alto mar profundo

em meu interior mergulho.

Pedras que emperram debulho,

tento livrar gemebundo,

arquejante, sitibundo,

esvaído, decaído,

em lambança, mal usança.

Pro alto atraído

semi-lusco, busco

ajuda no Eterno.

Tão meigo, tão terno,

me alcança caído.

As culpas confesso.

lavando minh'alma;

por Seu perdão peço,

Sua cura me acalma,

volto e recomeço.

Agora, limpo e liberto,

sigo livre, leve e solto,

no rosto, um novo semblante,

de imo alegre, sou atlante.

De cerne integral envolto

de pureza, peito aberto.

Das “Boas-novas”, o entre agente:

Em Cristo, vida abundante!

ANDARILHOS DO INFINITO

Maria de Jesus A. Carvalho

Quedo-me em pensamentos

Mergulho na solidão

e desço ao âmago

mais profundo do meu coração.

Vagueio por momentos

com ansiedade e veemência.

E descubro o altar em que imolo

a cada dia a minha existência.

Foram nuanças cor-de-rosa

de jasmins perfumadas.

Foram manhãs douradas,

por passarinhos orquestradas.

Foram luares prateados,

por menestréis decantados.

Foram acordes harmoniosos

da suavidade de Chopin.

Escoaram-se os glissandos maviosos

dos lagos de Tchaikovisky...

Descortino o outono florido.

Folhas mortas tolhem-me os passos.

Da minha solidão retiro os versos,

a poesia que minh’alma veste

e me conduz ao infinito.

Na leveza da brisa levito

onde encontro a paz e o sonho

abençoada pelo esplendor celeste.

Lá onde os vértices se encontram

E o Amor existe.

Alelos Esmeraldinus e Maria de Jesus Carvalho
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 06/10/2013
Código do texto: T4513670
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