Extrato Pó Ético #034: MAMÃE, CADÊ O PAPAI?
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Hoje, 6/10/2013, às 9 da manhã transitávamos
pela DF 001, sentido Gama - Recanto das Emas,
no DF, quado vimos a cena que tentei retratar
neste singelo poema. Bicicleta, um novelo;
corpo inerte de um homem em decúbito dorsal,
coberto um lençol branco embebido com seu
sangue à espera do rabecão. Que lástima!
Certamente um Lar esfacelado em pungente
agonia.
Oremos para que essa enlutada família encontre
consolo e alento no Senhor D'us, Nosso Eterno
Pai.
Não sei se tinha família. O acidente é real mas,
enredo é fruto da imaginação do poeta.
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MAMÃE, CADÊ O PAPAI?
Extrato Pó Ético #034
Beijou sua mulher, saiu,
Os filhos inda dormiam,
Os membros, de frio, doíam,
Ir comprar pão, leite, urgiu,
Preguiça, de si, sumiu.
Foi pedalando, assobiando,
Pensando na volta. Sem volta.
Trânsito agitado,
Apressa, depressa,
Lhe alcança, lhe colhe.
Sua vida recolhe,
Na 'bike' esmagado.
Na pista, olha! Há pão,
Leite derramado,
Sangue pelo chão,
Da vida ceifado,
Piloto fujão(!?!)... (... não se sabe)
Aí, Mamãe! Cadê Papai?
Por que não vem? Que demora?
Tô com fome, Mãe! Cadê ele!
Sinto muito a falta dele!
Pois já se foi a mais de hora,
Não voltou mais. Aí, aí, aí!
Aí, Mamãe! Meu pai morreu!
Morte súbita daquele...