Extrato Pó Ético #031: ESPELHO, ESPELHO MEU!
ESPELHO, ESPELHO MEU!
Extrato Pó Ético #031
Acordo refeito, disposto,
com vigor bem juvenil,
pra cima, em tom varonil.
Respiro fundo e composto,
me alongo, jovial suposto.
E cá, por dentro, me adentro
que o tempo é mais tempo e atempo.
Para trás, a estrada
dessa vida em lida,
maior calmaria,
latente poesia
em tudo infiltrada.
Eu quero correr,
seguindo contente,
mundos percorrer,
parar-me não tente,
antes de morrer.
Vou pondo os pés nos chinelos,
me espreguiço em alongamento,
me equilibro nos artelhos,
quero ser meu eu parelho,
cheio de contentamento,
zenas de polichinelos,
me olho, confiro e me firo:
Vejo-me velho ante o espelho...
“O espelho nunca mente, mas sempre que o enfrentamos logo quer, de nós, roubar a autoestima entrando em conflito com nosso verdadeiro eu, o que realmente somos.
(Simplismo sapiente #225: Bosco Esmeraldo)