VELHO AURÉLIO
Sendo velho,
A vida ralha
Como relho
O velho Aurélio.
Já não dobra
O joelho:
Vida canalha
Não levou!
Nem a vai ter
Por mortalha...
Na longa estrada
desta batalha,
Só a sombra
Da Pedra Grande
Desgastada,
Por derradeiro
É que pediu
Como última morada,
Deste velho peleador.
Sua nora
Lhe acompanha,
Dia a dia nesta campanha
Confortando sua dor!
Nara, jovem
Que não ralha,
O ajuda com as
Tralhas,
Ela e o marido Aran
Nunca lhe puseram
Cangalha.
Aran filho, Nara nora
Velho Aurélio
Quer abençoar,
Quer jazer
Na sombra
Da Pedra Grande.
Do relho não desfazer
Pra tundar alma penada
Das que nunca
Fizeram nada,
Só malfadar...
As tralhas,
O cusco
Também velho,
Se enrodilha
Nas botas
Do velho Aurélio.
A ovelha
A nora Nara
E o filho Aran
Quer acompanhar.
Aurélio se atrapalha
Bebe água
Da talha,
Uma unção
Nas Cabeças
Da nora Nara
E do filho Aran
Pra benção!
Pediu uma
Cruz de cedro
Feita por Ordec
O velho Inca Xiru
E seu filho Cani
Descendem do Peru
São amigos de
Oruam que
Não esquecem
Sod-Sotnas
De Rio Grande
Das Cobras
Morador.
O Sol
Raia pro velho:-
“O raio é
Ser Velho!
Apenas
Há penas e
dívida e dor,
Pra vida
Carregar.
Nada mais tenho
Além dessa
Cruz falquejada
E duas lágrimas
Pra derramar.
-Donde están
Los otros sus
Hermanos?
Em castelhano,
Para Ordec entender.
Mortos os doze
e suas prendas
Não estão...
Antonte, de longe
Vi, todos c'os filhos
Na Missão...
Seria só cês dois
Pra me dar a
Extrema unção!?
Bençoados
Sejam os dois,
Que tiveram
Coração,
Ponto de pra
Duas duzia
Fazer vera
Repartição!
Mas tão todos
perdoados,
Não são mesmo
de parecença
os dedos da
mesma mão.
Lembre meus
Dois filhos:
A Pedra pode ser
Demais de grande
Mas sua sombra
Que também é grande,
Por cima de minha cova
Não me assombra!
Porque a pedra
Pode ser grande
Mas sua sombra
Que também
É grande...
Não pesa nada!!
Sendo velho,
A vida ralha
Como relho
O velho Aurélio.
Já não dobra
O joelho:
Vida canalha
Não levou!
Nem a vai ter
Por mortalha...
Na longa estrada
desta batalha,
Só a sombra
Da Pedra Grande
Desgastada,
Por derradeiro
É que pediu
Como última morada,
Deste velho peleador.
Sua nora
Lhe acompanha,
Dia a dia nesta campanha
Confortando sua dor!
Nara, jovem
Que não ralha,
O ajuda com as
Tralhas,
Ela e o marido Aran
Nunca lhe puseram
Cangalha.
Aran filho, Nara nora
Velho Aurélio
Quer abençoar,
Quer jazer
Na sombra
Da Pedra Grande.
Do relho não desfazer
Pra tundar alma penada
Das que nunca
Fizeram nada,
Só malfadar...
As tralhas,
O cusco
Também velho,
Se enrodilha
Nas botas
Do velho Aurélio.
A ovelha
A nora Nara
E o filho Aran
Quer acompanhar.
Aurélio se atrapalha
Bebe água
Da talha,
Uma unção
Nas Cabeças
Da nora Nara
E do filho Aran
Pra benção!
Pediu uma
Cruz de cedro
Feita por Ordec
O velho Inca Xiru
E seu filho Cani
Descendem do Peru
São amigos de
Oruam que
Não esquecem
Sod-Sotnas
De Rio Grande
Das Cobras
Morador.
O Sol
Raia pro velho:-
“O raio é
Ser Velho!
Apenas
Há penas e
dívida e dor,
Pra vida
Carregar.
Nada mais tenho
Além dessa
Cruz falquejada
E duas lágrimas
Pra derramar.
-Donde están
Los otros sus
Hermanos?
Em castelhano,
Para Ordec entender.
Mortos os doze
e suas prendas
Não estão...
Antonte, de longe
Vi, todos c'os filhos
Na Missão...
Seria só cês dois
Pra me dar a
Extrema unção!?
Bençoados
Sejam os dois,
Que tiveram
Coração,
Ponto de pra
Duas duzia
Fazer vera
Repartição!
Mas tão todos
perdoados,
Não são mesmo
de parecença
os dedos da
mesma mão.
Lembre meus
Dois filhos:
A Pedra pode ser
Demais de grande
Mas sua sombra
Que também é grande,
Por cima de minha cova
Não me assombra!
Porque a pedra
Pode ser grande
Mas sua sombra
Que também
É grande...
Não pesa nada!!