Se
se eu tivesse uma mínima certeza de que me fosse provida uma vida aos moldes da que eu vivo hoje num futuro próximo – até um distante – me comprometeria a ter uma vida austeríssima. às vezes cansa tudo isso faculdade trabalho data compromisso ninguém entende nada muvuca cobrança vai volta viaja fica tem que dormir acordar ser deixar devir e ninguém entende nunca nada. me perguntava eu há pou(quíssi)[m/c]o tempo se existe erudição cultivo refinamento e tudo mais em tudo mais e me parece que sim tanto quanto que estou carecendo de ler os quatro livros d’o kapital. me julguem, estou aí /onde?/ pra isso mesmo. vai tudo derrapando pra baixo desses pèzinhos lusitanos que tocam o chão e me perguntam se/como é possível sem estados alterados de consciência /de quê/ e o pior não é ser mas talvez não ser e eu não saber disso. estamos todos juntos em busca do tempo perdido ainda nem chegamos no terceiro volume e já encheu o saco que porra prolixa do caralho. alterando um comportamentinho aqui fazendo dieta estudando sendo um grande fill in the blanks de sucesso mas é TUDO TÃO ENGRAÇADO. ai como todo mundo é doente, ai de mim ai de mim. o elevador continua a descer a 180 trilhões de reverberações espaço-temporais por segundo e tu nem percebeu que a porta fechou já que somos todos trogloditas não só uns para os outros mas também pelos outros com os outros nos outros e dos outros. se em mais algun aspecto do nosso ser não posso afirmar pois não tenho transcendência suficiente no lattes. sê. eu sabia que eu precisava de um clique então eu coloquei um clique aí eu vi que era aquilo a música do futuro. e tu num sentido literal-denotativo entendeu um colossal nada que nem passeia muito tempo pelo tecido gelatinoso que preenche o teu crânio cabeludo já que essa é a dinâmica das coisas na atual conjuntura do quadrante galáctico em que todos estamos no momento em que esta carta foi escrita. ide todos às putas que vos pariram pois talvez lá se sintam em casa ou suficientemente quentinhos para não reclamar do inverno que não vai embora nunca. eu odeio todos tanto e me amo numa proporção maior ainda, de onde nasce na diferença entre os dois a minha tolerância com todas as outras formas de vida em especial a humana já que vacas porcos e galinhas eu como todos sempre que possível. bravo bravissimo bate muitas palmas essa gente toda e eu óbvio vou agora num sentido figurado-conotativo atrás. nossa relação entre eu e tu é aquela simbiose da sexta série que não se melhora mas se mata. mas vai demorar uns 60 anos ainda pelo andar da carruagem platinada de pailletés esvoaçantes e esvoadiços da medicina anarco-brasiliana. e tu aí com a baba escorrendo do canto do ouvido é melhor passar um lenço antes que o bairro inteiro saiba que de ti também saem humores alguns inclusive pouco simpáticos saborosos ou aprazíveis de uma maneira geral ao contrário do que imagina teu subordinado na repartição e por extensão a sociedade pantagruocidenfálica que nos foi introjetada no momento em que todas as estrelas num raio de dois universos explodiram e deram início ao teu corpo que criou a mente que utiliza do corpo todo fodido que junta as letrinhas nesse momento e símbolo-significado-significante-vai-vem-dialético volta pra mente que se frustra e me odeia e assim é que acontecem todas as relações sociais entretanto tudo isso nuns poucos segundos tchau querida até mais beijos manda um abraço para Flostria Gnose diga que eu a amo.