A literatura tem essa força:
Tornar as pessoas mais sensíveis, mais intuitivas, mais inspiradoras às pequenas e as grandes coisas da vida! Foi na leitura do livro, O Garotão, de Pedro Bloch – Ed. Nacional, 1984, que escutei o autor descrever o personagem Marcelo, aos 13 anos dizer a si mesmo: O que mais toca a gente é a falta de estabilidade, o provisório de tudo. A pessoa ocupa um lugar, tem uma profissão, faz amizades e, de repente, é transferida para outro lugar e tem que começar tudo de novo. O negócio é modular. Casa, amizade, tudo. Tudo é de plástico, dinâmico, instantâneo. Nada se cristaliza. A segurança de hoje é saber lidar com a insegurança... Competição anda solta. Cada um na sua. Cada profissão tem sua linguagem, seu dicionário, sua ilha. E cada um querendo ser mais, porque maneja uma máquina mais complicada. Muita gente esquece, até que – quanto mais complica a máquina, maior pode ser o erro. É ou não é? (paginas: 19, 20)
*Tão atual. O ser humano continua descartando uns aos outros...