Embalo de rede

É madrugada, uma rede, um balanço suave,

o café meio amargo, outro cigarro...

Um friozinho gostoso...

O pensamento tentando abrandar as dúvidas, e

o receio que acompanha os medos.

A correção dos erros, dos equívocos...

E o perdão absoluto que mereço ter de mim mesma.

O balanço da madrugada me leva a onde nunca estive.

E esse "novo" vai se abrir como as pétalas de uma rosa no amanhecer...

O dia que que aproxima lentamente.

E na calmaria do meu interior abro o dia sem mais pensar

na próxima madrugada.

Pois essa madrugada foi longa na espera do desabrochar dessa mulher.

Que de tão menina se perdeu no balançar de uma simples rede, e se afogou

no embalo do orvalho, e a cada pingo dessa madrugada.

Lucinda Frota

Lucinda Frota
Enviado por Lucinda Frota em 16/06/2013
Código do texto: T4343745
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