Embalo de rede
É madrugada, uma rede, um balanço suave,
o café meio amargo, outro cigarro...
Um friozinho gostoso...
O pensamento tentando abrandar as dúvidas, e
o receio que acompanha os medos.
A correção dos erros, dos equívocos...
E o perdão absoluto que mereço ter de mim mesma.
O balanço da madrugada me leva a onde nunca estive.
E esse "novo" vai se abrir como as pétalas de uma rosa no amanhecer...
O dia que que aproxima lentamente.
E na calmaria do meu interior abro o dia sem mais pensar
na próxima madrugada.
Pois essa madrugada foi longa na espera do desabrochar dessa mulher.
Que de tão menina se perdeu no balançar de uma simples rede, e se afogou
no embalo do orvalho, e a cada pingo dessa madrugada.
Lucinda Frota