Versonitus #001/#016: AMOR EM DISRITMIA
Versonitus a quatro mãos
Melris Caldeira e Bosco Esmeraldo
Rimada:
Externa: ABCBA – CBC – DEDED
Interna: aabaa – bcb – ddcee
Estou assim, ficando triste, sem uma paixão.
Uma dor que persiste, o tempo por inteiro,
Consumindo o meu ser, em todo o santo dia,
Mas, por que é que isso existe? Ah, mas que braseiro!
Isso deixa-me triste, e... haja coração!
Só ser é padecer. É! Ninguém merece!
É coisa sem noção; vida em disritmia.
Há que compadecer, senão a gente padece.
Como é bom voar e, lá do alto, ouvir o soar
do vento ao farfalhar das asas da gaivota,
e ouvir o coração; poder sentir o olhar
daquela ave que envida, valora e denoda
ávida o amor tão terno, do Eterno a chamar.