CHUVA DE OUTONO
 
A chuva fria molha as calçadas;
Um vento sopra bem forte;
Sibilam do Sul e do Norte;
Folhas caem assustadas;
Jazem no chão, encharcadas;
Há uma tristeza de morte...
 
Pessoas andam apressadas;
Escondem-se nos guarda- chuvas;
Mãos protegem-se em luvas;
Pés molham-se nas enxurradas;
 
 A imagem dos olhos se turva,
Perdem-se nas ruas alagadas.
 
Eu perco-me em saudade;
Em histórias repassadas;
Lembranças são desfolhadas...
 
Vem a solidão e me invade;
Sopra o vento fazendo alarde;
Rolam lágrimas repisadas.
 
A chuva bate forte na janela;
Águas escorrem desamparadas;
Olho as névoas esbranquiçadas;
Aperta-me o peito essa aquarela;
Imagem pálida e triste, porém bela...
 
Cai chuva de outono... águas desregradas...



( Em alusão a chuva que outono que caiu mansamente hoje)



( QUEIEX ESMERALDINUS: GÊNERO CRIADO POR BOSCO ESMERALDO)



(Imagem google)