Janela indiscreta (Colibridos - 021)
Éramos sombras erotizando movimentos,
enquanto, observados de outro apartamento,
éramos obscena imagem á beijar cortinas,
mistério e fornicação sob uma ótica curiosa.
Éramos luzes em devaneios eróticos,
no balançar de sedas e rendas ao vento,
no ofuscar da retina ao apagar da luz.
Do outro lado, o voyeur ultrajado,
a mente impropriamente maculada.
Mistérios e fornicação sob uma ótica curiosa.