Um Poema Angustiado

Apenas me deixe pegar sua mão

e escrever meu endereço e telefone nela.

Me deixe apenas, te pegar pela cintura e te levantar até a altura dos meus olhos.

Me deixe apenas te fazer promessas e planos,

Para o inferno com o meu passado e com o seu.

Eu não me importo,

apenas me deixe ignorar as próximas semanas.

Por esta noite, as coisas não precisam fazer sentido.

Me beije sem fechar os olhos,

pule comigo na correnteza.

Nunca fui o mais esperto quando se trata de paixão,

e de amor,

e de desejo.

Nunca fui o mais esperto nessas situações.

Não vai ser agora que começarei a tomar decisões sensatas.

Seja minha insensatez,

minha loucura.

Queria que você estivesse aqui,

adormecida ao meu lado,

com seus cabelos espalhados sobre as costas,

e que a manhã nunca chegasse.

Ao invés disso, escrevo poemas angustiados,

esperando ansioso para tirar minha roupa da máquina de lavar.

Queria que a cerveja não tivesse acabado...

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/05/2013
Código do texto: T4304290
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