Nada faz sentido

Tomo mais um gole, em memória dela.

Vodka e gelo, para uma segunda feira insone.

Ela dorme, agora, com certeza.

Não faço ideia com o que sonha.

Se é que sonha, afinal.

Desligo o rádio, para tentar dormir.

Resta apenas o barulho do ventilador,

e de um ou outro mosquito ao redor dos meus ouvidos.

Me pergunto por que estou pensando nela.

Não sei o motivo desse pensamento recorrente,

que chega a incomodar.

Aquele olhar esverdeado, que eu sequer me lembrava que tinha me olhado,

hoje me assombra...

De uma forma quase agradável.

Não é a primeira vez, nem vai ser a ultima,

que eu me encanto por poucos detalhes e ignoro o TODO.

Talvez Ela não seja para mim.

Talvez eu não precise de algo assim agora...

Mas eu não seria eu, se desse ouvidos à razão.

1:40 da manhã e eu permaneço acordado.

E nada nesta noite faz sentido.

A não ser o relógio,

que continua me dizendo que eu devia estar dormindo.

Nada faz sentido.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/04/2013
Reeditado em 11/05/2013
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