Conto nublar #094:

UMA QUESTÃO DE HONRA E RECONHECIMENTO

 

No jardim enfrente à minha casa, dois poetas amigos meus conversavam quando eu me aproximava para os receber.

Parei, pouco afastado e agucei as oiças para tentar entender o que da conversa que já estava em tom de discussão.

_ Sabia, Neílo, que a melhor forma de atrair leitores para seus textos é simplesmente escrever com a alma e o coração. Se quiser ser acessado por pessoas de fora, por exemplo, via pesquisa Google, Yahoo, Bing etc. Você deve pesquisar as palavras campeãs de buscas desses site de pesquisa e gentilmente usá-las, inseridas no contextos de suas produções. Não vai dar outra! Vai chover em sua horta, quiçá com bons comentários.


- Mas, Zedmo! Não gosto disso! Soa tão artificial quanto ao que alguém do site me recomendou. Disse-me ela que eu só publicasse apenas um texto de três em três dias, pois todos que nos vêm ler, só leem mesmo a de cima, a mais recente. Pior foi o conselho do Camurça Dídimo. Aconselhou-me a de vez em quando escrever um texto erótico e bem sensual que atrairia bastante leitores. Onde já se viu, Meu!

Nisso me aproximo dos dois que, vendo-me chegar, perguntaram em uníssono:

_ Diz aí, OD! O que você acha de tudo isso que acaba de ouvir?

_ Também já recebi esses mesmos conselhos. E até me sugeriram que não me identificasse como crente, muito menos como pastor se eu quisesse ser bem lido e comentado e nunca tocasse em nenhum assunto que suscitasse religião de qualquer espécie.

A Van da empresa nos apanhou como sempre, às 6:00 em ponto. E continuamos o papo enquanto o veículo deslizava pelas artérias públicas, rumo à empresa. Prossegui:

_ Preferiro ter leitura e comentário zeros a usar desses artifícios espúrios. Nesse ponto todos nós concordamos.

Falei-lhes também que nunca se isolassem, mas visitassem as escrivaninhas um dos outros para prestigiar-lhes e sempre deixassem um comentário de reconhecimento e incentivo. Disse mais, que fossem até a capa do site e procurasse pelos texto recentes, pela pasta de estilo preferencial e desenvolvesse o habito de dar as boas vindas ao escritor calouro. Isso sim, ajudaria reciprocamente a cada um em interação.

Infelizmente parou a Van da Empresa e tivemos que nos despedirmos. Mas ficou a certeza em cada um que, por mais que fossem tentadores, jamais nos utilizaríamos de qualquer dos métodos antes comentados.

E assim seguimos nós, num crescimento lento de leituras, a médio prazo, crescimento piramidal que ora bem percebemos - um crescente número de amigos em intercâmbio.

Como aqueles dois amigos, escrevo com o coração, simplesmente por amor a falar o que sinto e sobre qualquer coisa que me desperte a atenção.  Bobeou, tornou-se em prosa ou poesia. As leituras são consequências do seu trabalho feito com prazer e responsabilidade.
Deus abençoe a todos!

Conto nublar, um estilo próprio de contar, narrar fatos fictícios ou baseados no quotidiano real desenvolvido pelo Poeta / escritor Bosco Esmeraldo (Od L'Aremse).
Por que nublar? Boa pergundata!
Três razões me levaram a adotar esta denominação para os meus contos.
  1. As nuvens são verdadeiras fontes de inspiração para
      o bom observador;
  2.  Dizem que os poetas, escritores andam com a cabeça nas nuvens;
  3.  Em consonância com a nova filosofia e tendência dos novos
       sistemas operacionais "Cloud", "iCloud", "Nuvens" etc.




 


Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 22/04/2013
Reeditado em 22/04/2013
Código do texto: T4253290
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