Conto Nublar #0568: DE NEBULOSO A LÚDICO PLANAR
SÉRIE - FIGURAS DE LINGUAGEM 03
Descubra quais figuras de linguagem foram empregadas nete conto.
Mergulho em meu pensamento em busca de inspiração. Nada vejo em meio a toda aquela escuridade.
Embora vendo tudo nebuloso, não desanimo. Sei que, apesar de brumoso, hei de encontrar algum lampejo para minha escrita de hoje. Acima de nevoeiro há sempre belas nuvens e, cabalmente, culmina em cúmulos, nimbos, cirros e estratos. Por falar nisso, é aí onde reside o gatilho que me leva a escrever contos nublares. Então, fechei bem meus olhos e abri ao máximo minha mente para ver onde isso iria dar.
Levitei, levitei através daquelas nébulas e nebulosas que se acimavam em tuneloides canais ascendentes, como que sugadas por forte luz que vinha cada vez mais forte, lá de cima.
Eis-me, pois, de volta ao tapetão nublar. Queixei-me a esmo pela falta de inspiração que tanto buscava e ela, à guisa de horizonte utópico, afastava-se de mim, à medida que pensava dela me aproximar. O que fazer? Lés-nordeste que bruscamente parava ali, zumbindo numa frenagem que arrancava flocos e mais flocos de nuvens abordou-me:
_ Boa tarde, Od! Que bom encontrar-te cá em cima. Belo tapetão! Não?
_ Com efeito, Lés! Fico a matutar o que eu faria numa situação dessas e, cá dentro, continua nebuloso. Se ao menos, em vez de tapete, muitos blocos pictóricos a surfar em ti ou qualquer outro ar em movimento, pescaria infindas ideias na cachola. Mas assim como aqui está não me ocorre nada.
_ Mas, Od L'Aremse! Não acredito no que penso estar ouvindo! Você não é Cearense, Meu?!!!
_ Claro que sou, Lés! E com muito orgulho!
_ Então! Se te lembrares daquelas férias em Icaraí e Pecém, certamente boas ideias te surgirão.
Embora vendo tudo nebuloso, não desanimo. Sei que, apesar de brumoso, hei de encontrar algum lampejo para minha escrita de hoje. Acima de nevoeiro há sempre belas nuvens e, cabalmente, culmina em cúmulos, nimbos, cirros e estratos. Por falar nisso, é aí onde reside o gatilho que me leva a escrever contos nublares. Então, fechei bem meus olhos e abri ao máximo minha mente para ver onde isso iria dar.
Levitei, levitei através daquelas nébulas e nebulosas que se acimavam em tuneloides canais ascendentes, como que sugadas por forte luz que vinha cada vez mais forte, lá de cima.
Eis-me, pois, de volta ao tapetão nublar. Queixei-me a esmo pela falta de inspiração que tanto buscava e ela, à guisa de horizonte utópico, afastava-se de mim, à medida que pensava dela me aproximar. O que fazer? Lés-nordeste que bruscamente parava ali, zumbindo numa frenagem que arrancava flocos e mais flocos de nuvens abordou-me:
_ Boa tarde, Od! Que bom encontrar-te cá em cima. Belo tapetão! Não?
_ Com efeito, Lés! Fico a matutar o que eu faria numa situação dessas e, cá dentro, continua nebuloso. Se ao menos, em vez de tapete, muitos blocos pictóricos a surfar em ti ou qualquer outro ar em movimento, pescaria infindas ideias na cachola. Mas assim como aqui está não me ocorre nada.
_ Mas, Od L'Aremse! Não acredito no que penso estar ouvindo! Você não é Cearense, Meu?!!!
_ Claro que sou, Lés! E com muito orgulho!
_ Então! Se te lembrares daquelas férias em Icaraí e Pecém, certamente boas ideias te surgirão.
_ Eureka! É isso aí, Lés! Lembrei-me! Ah! A Lagoa do Banana Boat no Cumbuco... as Dunas do Funil em Icaraí e as do Pecém. Pedaços de madeira qual bodyboard e, dunas abaixo em ski-bunda, sliding sand. É isso! Mas... Nada de declive! Como iria deslizar?
_ 'Xa comigo, Od! Se posicione e deixe o resto por minha conta. Está pronto?
_ Sim! Vamos lá! Iurruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuh!
Fui fortemente empurrado em divertido deslisar. Lés também se divertia bastante e, lá onde o vento faz a curva, emproou rumo Nordeste, mudando o crachá para Vento Sul-sudoeste. E, a surfar, deixávamos um brilhante vinco luminoso no céu, semelhantemente ao deixado por um avião em velocidade de cruzeiro.
Conto Nublar é um estilo literário desenvolvido por João Bosco Rolim Esmeraldo (Od L'Aremse M. Peterson). Para escrever neste estilo, acesse o arquivo COMO COMPOR UM CONTO NUBLAR
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/4228439.
