ESCRITO A MÃO
Por onde vais
Se no meu cais
Tu estais a salvo
E tu és meu alvo
... Na multidão?
Dei-te o meu colo
Sem protocolo...
Dei-te carinho
Urdi um ninho
... Alto do chão...
Dei fogo e lenha
Minha resenha...
No reconforto
Fiz-me teu porto
... Dei-te água e pão!
Ó que heresia!
Tu és a Poesia...
E eu te escrevi
Como te vi
... Num escrito a mão!
Sem pergaminho
Amei-te ao vinho
Num folhetim
Que era, pra mim,
... Papel de pão!
Agora tu andas
Por outras bandas
Quem sabe... Em flerte!
Vou escrever-te
... N’areia do chão!
Virá a chuva
Como uma luva
Para apagar
O que sobrar
... Dessa paixão!
Siga o blog do varano. Valorize a poesia brasileira
http://varanopoesiabrasileiracontemporanea.blogspot.com.br/