FASES

Entre noites de revoluções anomalísticas e draconíticas, assim, meio nefelibático, trovei este poema do eirado da minha casa localizada no meu sítio da região rural de pomerânios no distrito de Lajinha, município de Pancas, a noroeste do Estado do Espírito Santo. Mero vislumbre de momentos naturais de imperecedoura lua-de-mel, atribuídos a qualquer casal.

Troema é o nome que concedo a uma série de trovas, tetrásticos heptassílabos, que, no seu conjunto, dão origem a um poema.

Fases

Não sei bem se por intuito,

pelo menos insinua,

que o sol se diverte muito

fazendo as fases da lua!

Sem nenhuma compostura,

vive o sol falando ao léu:

Lua nova é farsa pura,

não reflete o rei do céu!

Pra dormir o sol vagueia

buscando um lar diferente...

e entre a casa nova e a cheia,

encontra um quarto crescente!

Tem noite, que em frenesi,

pra demonstrar que é rainha,

a lua cheia de si

rouba a luz do sol todinha!

Noutra noite o sol dá prova

de não ser nada arrogante:

entre a casa cheia e a nova,

prefere um quarto minguante!

Como em todo casamento,

há fase boa e ruim,

mas são coisas de momento,

pois o amor nunca tem fim!

Genilton Vaillant de Sá
Enviado por Genilton Vaillant de Sá em 27/02/2013
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