FAMINTA
Dispôs em minhas mãos
Opulentos desejos de mim...
Arremeti longe no desvão
Teus desejos refutei enfim!
Instiga-me, provoca-me...
Busco-te incessante a boca!
Longe e lascivo incedeia-me:
Pele latente, fremente e louca.
Sacia-me faminta o teu sorriso...
Nem a faca nem o queijo disponho.
A fome alimenta o que preciso,
Me deixas,faminta em sonhos!
Ao alcance das mãos e fugidio...
É assim que te tornas desejado!
Amante e falsamente arredio
Dia a dia és meu eterno amado!
Nossa busca incessante de amores
Ou caça ou caçadora aprendendo.
Me ensinas a cultivar jardins em flores
Longe ou perto, te amando,te querendo!
♥♥♥
Mote para 28/12/2008
" Não quero faca, nem queijo. Quero a fome. "
(Adélia Prado)